terça-feira, 29 de maio de 2018

Congresso Eucarístico - Maria, Nossa Senhora da Esperança

RUMO AO CONGRESSO EUCARÍSTICO
ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO 7



O povo cristão reza na Salvé Rainha: “Mãe de misericórdia, vida doçura, esperança nossa”. Faz uma leitura correcta da função de Maria no processo da salvação que Jesus, seu Filho, realizou. Indica o seu rosto materno como estrela a brilhar que ilumina os nossos caminhos.
E reza também: “Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia - Fruto do ventre sagrado da Virgem Puríssima Santa Maria”. A sua sabedoria crente contempla o vínculo indissociável entre a Eucaristia e a Mãe de Jesus. Vínculo feito louvor e adoração, repassado de memória agradecida e de profecia confiante. Vínculo que é aliança definitiva selada num amor incondicional pelo bem de todos.
Bento XVI dirige o olhar para Maria, a estrela da esperança, no final da citada encíclica. Visita os passos principais da sua vida: Da casa dos pais a Jerusalém. Sem esquecer os temores que a assaltaram, mas que sempre superou confiada no Senhor que “olhou para a sua humilde serva”. E, quase no fim, faz-nos ver Maria a aguardar, confiante, a vinda do Espírito Santo.
“A alegria da ressurreição tocou o vosso coração e uniu-Vos de um novo modo aos discípulos, destinados a tornar-se família de Jesus mediante a fé. Assim Vós estivestes no meio da comunidade dos crentes, que, nos dias após a Ascensão, rezavam unanimemente pedindo o dom do Espírito Santo (cf. Act 1,14) e o receberam no dia de Pentecostes… Vós permaneceis no meio dos discípulos como a sua Mãe, como Mãe da esperança. Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe nossa, ensinai-nos a crer, esperar e amar convosco. Indicai-nos o caminho para o seu reino! Estrela-do-mar, brilhai sobre nós e guiai-nos no nosso caminho!”. (SS 50).
Maria mantém uma relação singular com a Igreja, chamada a ser mãe que gera, pela graça do Espírito Santo, novos filhos de Deus. Convém por isso determo-nos perante a sua função maternal e colaborar para que a Igreja viva em todas as famílias e comunidades, em toda a organização da instituição eclesial a ternura do amor e a prontidão do sim missionário.
“Uma Igreja de rosto materno nunca está feita. Mas contemplando Maria sob o paradigma da graça e da esperança, a Igreja sabe donde vem e para onde vai, renova a sua fé no Deus Criador e Salvador, sabe-se acompanhada no seu caminhar na história em direcção à plenitude esperada. Só nesta consciência, numa total busca de fidelidade, é que a Igreja pode dar sinais concretos e credíveis de um rosto materno, relativizando muita coisa que vamos acumulando no nosso caminhar histórico e apontando o horizonte definitivo da plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida e que esperamos confiadamente”. Borges de Pinho, Fátima: O Intangível e o Facto, Humanística e Teologia (2017) 76.

Georgino Rocha

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