segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Primeira comunhão e profissão de fé em tempo de pandemia

Conforme as orientações diocesanas para as celebrações dos sacramentos da iniciação cristã e até um pouco condicionados pelos conselhos da DGS em relação aos ajuntamentos de pessoas, este ano, a nossa paróquia celebra as Primeiras Comunhões das crianças e as Profissões de Fé dos pré-adolescentes em pequenos grupos ao longo de todos os domingos de verão, com Eucaristia própria para cada grupo e seus familiares. Têm sido experiências encantadoras. As crianças da Primeira Comunhão apercebem-se e vivem com mais intimidade este encontro com Jesus na Eucaristia que vem ao seu coração pela primeira vez. Diz-nos o Papa Francisco que a Primeira Comunhão é, antes de mais, uma festa na qual celebramos Jesus que quis ficar sempre ao nosso lado e nunca se separará de nós. Festa que foi possível graças aos nossos catequistas, aos nossos pais, aos nossos avós, às nossas famílias e à comunidade cristã que nos ajudaram a crescer na fé. É este Jesus que ressuscitou e está vivo e que está aqui no meio de nós. Por isso, encontramo-Lo na Eucaristia. Não o vemos com estes olhos, mas vemo-Lo com os olhos do coração e da fé. Este é o sacramento da primeira e de muitas comunhões e não da primeira e última comunhão. 
Por outro lado, os pré-adolescentes da Profissão de Fé, também eles em pequenos grupos, renovam as promessas batismais. A luz que os seus pais e padrinhos seguraram no dia do seu batismo é hoje colocada nas suas mãos como sinal de crescimento na fé. Esta chama acesa que recebem é sinal da fé e da presença do Jesus ressuscitado. Neste dia, como no dia do seu batismo, esta chama é símbolo da vida que Jesus ressuscitado comunica e que hoje se comprometem a testemunhar. Com a sua Profissão de Fé dizem aos pais, aos padrinhos e à comunidade cristã que acolhem a fé que lhes foi transmitida no dia do batismo. Por isso, podem dizer: “SIM, CREIO”. Creio em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. 
Regozijo-me com as crianças e pré-adolescentes que estão a viver na alegria e com grande intensidade estas celebrações. Aos catequistas, deixo uma palavra de carinho e gratidão. Aos pais lanço este desafio – não priveis os vossos filhos da vivência destas experiências intensas do divino e do sagrado nas suas tenras vidas. 

Pe. César Fernandes 
Prior da Gafanha da Nazaré 

NOTA: Editorial do jornal TIMONEIRO de Setembro

Sem comentários:

Enviar um comentário