segunda-feira, 17 de agosto de 2020

«Ergo os olhos para os montes: de onde me virá a ajuda?»

SIÃO, SINAI, GÓLGOTA

Monte Sião e abadia da Dormição, Jerusalém, Israel | johannes86/Bigstock.com

A montanha não é apenas um componente geográfico de uma paisagem, é muitas vezes em todas as civilizações um símbolo sobretudo de transcendência, de tal maneira que um dos nomes do Deus bíblico é “’El-Shad-daj”, que tem por base a palavra acádica “shadu”, “montanha”, de onde deriva “Deus da montanha”.
O cume que perfura o céu torna-se uma espécie de antecâmara do Paraíso: não é por acaso que, frequentemente, nos cimos dos montes foram erguidos santuários, ou cruzes, ou estátuas sagradas. No mundo babilónico, o zigurate era uma pirâmide sacra em socalcos que imitava a estrutura montanhosa, em cujo vértice havia um pequeno templo.
É nesta linha que se compreende por que é que a Bíblia está repleta de montes de valor não só orográfico, mas também teológico. Também nós queremos pôr-nos a caminho para subir a três dessas montanhas, tendo entre as mãos não um guia do viajante, mas o livrinho dos peregrinos composto pelos “cantos das ascensões” (Salmos 120-134): «Ergo os olhos para os montes: de onde me virá a ajuda?» (121,1-2).

Fonte: Pastoral da Cultura

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