Nos meados da vivência desta Quaresma, com a calamidade que aí esta implantada e que a todos afeta, nós, os crentes, mais uma vez, temos de reajustar os critérios de vida, relativizando a riqueza, os egoísmos, as buscas desenfreadas de bens e do prazer… e entrando nesta vivência do Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, vivência que este ano se afigura diferente.
No domingo passado, fiz a experiência da vivência da Eucaristia pela televisão, sentado no sofá e fazendo a minha comunhão espiritual. Esta participação é diferente da participação presencial. Não é a mesma coisa. Afirma o meu pai com a sabedoria dos antigos que o “Domingo sem Missa não é Domingo”. Dou-lhe alguma razão porque senti um pouco essa nostalgia. No silêncio, nos momentos de oração e reflexão, pedi ao Senhor para me ajudar a libertar dos medos face ao futuro, da ansiedade e do stress. Como acontece todos os Domingos em que ofereço a Eucaristia pelo povo de Deus que me está confiado, também este Domingo Lhe pedi por todos os paroquianos para que os conserve unidos na fé. E pensei em como a vida neste mundo é transitória.
Na vivência diferente deste tempo quaresmal, é uma obrigação protegermos a vida, nossa e do próximo, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance. Deve ser um tempo em que, embora forçadamente, redescobrimos a família e os seus valores, como sejam a comunhão familiar, o encontro dos seus membros, a pequena Igreja doméstica que reza a Deus…
Este deve ser também um tempo em que renovamos a confiança no Deus que salva e nos ajuda a colocar a vida nas Suas mãos. Desejo a todas as famílias gafanhoas uma vivência feliz, embora diferente, desta quaresma, porque os acontecimentos da vida dos homens têm sempre o seu lado positivo e deverão ser vividos com otimismo e confiança.
Pe. César Fernandes
Pároco da Gafanha da Nazaré
Obrigado Pe Cesar, muita coragem e fé
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