quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Às vezes somos injustos para os que nos deixam

Igreja Matriz de Veiros

A propósito de uma notícia publicada no Correio do Vouga sobre o falecimento de uma catequista de Veiros, Armanda Couto Nogueira, com 88 anos de vida, veio à minha memória o quanto às vezes somos injustos para os que servem a comunidade sem esperar nada em troca e sem se vangloriarem. Na homilia exequial, o celebrante e nosso amigo, P.e Tomás Marques Afonso, que foi coadjutor na nossa paróquia, lamentou a pouca participação popular, indicando como razão o facto de ser a festa de São Mateus na paróquia vizinha do Bunheiro.
A falecida, enquanto viva, segundo a nota, deu-se por inteiro à paróquia, dando e coordenando a catequese, além de ser zeladora da igreja de São Bartolomeu e da capela de São Geraldo, para além de pertencer à Ação Católica Rural, de visitar doentes e de se envolver em diversos serviços diocesanos.
Esta entrega à comunidade foi muito ignorada pela população, segundo deduzi da notícia, porque primeiro terá estado a festa de São Mateus. E permitam-me que acrescente que situação semelhante tenho visto na nossa terra, quando esquecemos quem à nossa comunidade se dá de corpo e alma inteiros. 

Fernando Martins

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