O Papa questionou a imagem de Deus que é partilhada pelos cristãos que “não aceitam o escândalo da Encarnação” e rejeitam o ensinamento do próprio Jesus. “Na verdade, é mais confortável um deus abstrato e distante, que não se envolve nas situações e que aceita uma fé que está longe da vida, dos problemas, da sociedade. Ou gostamos de acreditar num deus dos ‘efeitos especiais’, que só faz coisas excecionais e oferece sempre grandes emoções”, disse Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ângelus, no domingo, 4 de julho.
“Deus encarnou: Deus é humilde, terno,
escondido,
aproxima-se de nós vivendo a
normalidade do nosso
dia-a-dia”
A intervenção sublinhou que, em Jesus Cristo, Deus atua na “concretude” e no quotidiano da humanidade, mas para muitos “é escandaloso que a imensidão de Deus se revele na pequenez da nossa carne, que o Filho de Deus seja filho do carpinteiro, que a divindade se esconda na humanidade, que Deus habite no rosto, nas palavras, nos gestos de um homem simples”.
“Deus encarnou: Deus é humilde, terno, escondido, aproxima-se de nós vivendo a normalidade do nosso dia-a-dia”, acrescentou. A reflexão partiu de uma passagem do Evangelho segundo São Marcos, que fala da incredulidade dos conterrâneos de Jesus perante a sua pregação.
O Papa convidou a rezar para que os cristãos possam ter “olhos e corações livres de preconceitos, abertos ao espanto, às surpresas de Deus, à sua humilde e oculta presença na vida quotidiana.
Nota: Texto publicado no "Correio do Vouga" desta semana.
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