Hoje, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, vi a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, num andor, em jeito de preparação para alguma festa ou procissão. As leis da pandemia ainda não autorizam esses eventos, mas foi agradável sentir que a paróquia e o nosso povo mantém o culto à Senhora dos Navegantes, protetora de quantos labutam, direta ou indiretamente, sobre as ondas do mar ou nas águas mais serenas da laguna. De imediato, ocorreu-me admitir que, na impossibilidade da festa se realizar, enriquecida pela já famosa procissão pela Ria, a Senhora dos Navegantes entendeu por bem deixar por uns dias a sua capelinha do Forte da Barra para visitar a nossa padroeira, Senhora da Nazaré.
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que costuma organizar a festa em honra da Senhora dos Navegantes, sob patrocínio da nossa paróquia, do Porto de Aveiro e outras entidades, entendeu que o nosso povo ficaria mais feliz se tivesse oportunidade de venerar a protetora dos homens do mar e suas famílias, mesmo de forma simbólica. Houve missa na igreja matriz, no domingo, com a exposição da imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. E ali ficará uns dias, porque a nossa gente saberá agradecer a Deus a visita da Senhora dos Navegantes à Senhora da Nazaré. Os seus devotos poderão passar pela nossa matriz para confirmarem o que dizemos, e a mãe de Jesus e nossa mãe não deixará de velar por todos nós.
Fernando Martins
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