Neste tempo de pandemia, a que poderia chamar “férias forçadas”, vivi em profundidade esta experiência do amor que Deus nutre por mim e por cada um de vós, na celebração da Eucaristia, sem fiéis, no pequeno oratório da residência paroquial, sem vazios nem solidão, porque me sentia rodeado de todos os crentes da paróquia; nos tempos de oração em que apresentava ao Deus de misericórdia toda a comunidade cristã; nos percursos a pé pelos trilhos da mata, procurando entrar em comunhão com Deus através da natureza colocada à nossa disposição como casa comum; nas caminhadas junto à ria ou pela praia observando a beleza dos canais e a imensidão do mar; a alegria em reler as memórias do bispo que me ordenou, D. Manuel de Almeida Trindade. Bispo conciliar, presente desde a primeira hora no II Concílio do Vaticano, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa durante cerca de 17 anos. Bispo prudente e congregador, que viveu o verão quente de 1975, avançando para a manifestação dos cristãos pela liberdade e pelos direitos humanos e que deixou em Aveiro uma marca inesquecível. Todos estes motivos despertaram em mim a motivação para a oração e para a comunhão com Deus.
Pe. César
Do Editorial do Timoneiro
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