sábado, 7 de abril de 2018

RUMO AO CONGRESSO EUCARÍSTICO

Georgino Rocha


ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO 1

Introdução: A celebração da eucaristia faz viver o amor de Jesus Cristo, que alimenta a esperança, fruto da fé teologal. Os cristãos participantes são convidados a “levantar o coração” e a entrar em sintonia com o ritmo progressivo da assembleia, a imbuir-se do espírito comunitário e a cultivar o desejo de quem sabe doar-se livre e generosamente. Como Jesus em missão de salvação universal.
O Papa Francisco dá-nos a garantia de que: “Na fé, dom de Deus e virtude sobrenatural por Ele infundida, reconhecemos que um grande Amor nos foi oferecido, que uma Palavra estupenda nos foi dirigida: acolhendo esta Palavra que é Jesus Cristo — Palavra encarnada –, o Espírito Santo transforma-nos, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para o percorrermos com alegria. Fé, esperança e caridade constituem, numa interligação admirável, o dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus”. (A Luz da Fé, 7)
A relação da esperança com a celebração da eucaristia que é “corpo entregue e sangue derramado” pela salvação do mundo pode ver-se, de forma emblemática, no itinerário dos discípulos de Emaús. (Lc 24, 13-35) e episódios subsequentes. Vamos com eles, parando nas fases mais marcantes e alargando horizontes de envolvimento pessoal e comunitário. Façamos em grupo, se possível, esta caminhada, rumo ao Congresso Eucarístico da nossa diocese.

O desafio da realidade

De costas voltadas para a cidade da esperança e da vida, os discípulos vão a caminho da sua aldeia onde podem carpir as mágoas da desilusão e encontrar novos motivos para recomeçar o trabalho. Um chama-se Cléofas e outro não tem nome. Talvez para que o leitor possa sentir-se envolvido, também.
A realidade é dura. O entusiasmo inicial esfumou-se. As razões para continuar desapareceram. A porta de desilusão escancarou-se e o coração abre-se a amargura e ao lamento. Deixemo-nos interpelar: Conheces experiências parecidas? Também já passaste por algo semelhante? Se sim, como geriste as tuas emoções? Tiveste alguém que te ajudou? À tua volta, que está a acontecer? E na Igreja, no mundo? Oxalá que, em todas as situações, não deixe de brilhar alguma réstia de esperança, alguma aldeia/oásis onde encontrar abrigo e acolher quem viaja connosco.
Teresa de Calcutá, a santa dos pobres de Deus, ergue a voz para lembrar que “as pessoas estão ávidas de amor. Temos consciência disso? Sabemos disso? Vemos isso? Temos olhos para ver? Muitas vezes, o nosso olhar vagueia sem se fixar. Como se andássemos a pairar neste mundo. Temos de abrir os olhos e ver”.

Nota pedagógica: Sugere-se partilha de respostas de modo a gerar um ambiente de confiança e mútua ajuda. As situações narradas e, sobretudo, o estado de ânimo desvendado constituirão a realidade humana que será iluminada pela Palavra de Deus, como acontece no itinerário de Emaús.

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