domingo, 27 de agosto de 2017

Festa da Padroeira na Gafanha da Nazaré

Nossa Senhora da Nazaré no seu andor 
Momento do ofertório 
Arranjo floral
Importa darmos a cara por valores,  
ao jeito de São Pedro

No respeito pela tradição, celebrou-se hoje, 27, último domingo de agosto, a festa em honra da Padroeira, Nossa Senhora da Nazaré. Não aconteceu a habitual festa, num misto do religioso com o profano, por falta de uma comissão que assumisse as responsabilidades da organização, mas nem assim perdeu interesse a festividade que nesta quadra congrega os católicos da nossa comunidade. Na Eucaristia solene, que teve lugar neste domingo, pelas 10h30, o nosso prior, Padre César Fernandes, afirmou que os festejos, de cariz mais religioso, foram da responsabilidade da União das Irmandades da Paróquia, não faltando a colaboração de diversas entidades, nomeadamente, da Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Filarmónica Gafanhense, Grupo Etnográfico, Escuteiros e outras instituições. Ainda se mostrou esperançado na formação de uma comissão, formada por pessoas credíveis, que assuma a festa no próximo ano.
O nosso prior deu-se por satisfeito com os festejos deste ano, lembrando que o convívio de sábado, 26, no Jardim 31 de Agosto, ultrapassou todas as expetativas, ao ponto de se terem esgotado as provisões. Pediu, por isso, desculpa aos que ficaram sem poderem almoçar.
Na Missa solene, pelas 10h30, com animação musical da responsabilidade da Filarmónica Gafanhense, houve três batizados que enriqueceram a cerimónia. Três crianças, pelo batismo, passaram a integrar a comunidade católica da Gafanha da Nazaré. E esse facto mereceu palmas de toda a assembleia, que encheu por completo a igreja matriz.
À homilia, o Padre César evocou Nossa Senhora da Nazaré, lembrando que a figura da que iria ser a Mãe do Filho de Deus foi esboçada pelos antigos profetas, que chegaram «ao ponto de dizerem que esse acontecimento se daria em Belém de Judá». E depois sublinhou a personalidade de Pedro, homem simples, pescador da Galileia, homem de «antes de quebrar que torcer», mas também com fragilidades que o levaram a trair o seu Mestre Jesus, acabando por ser o escolhido para chefe dos apóstolos, «o alicerce visível da comunhão e da unidade na fé». 
«Hoje, somos convidados a seguir o seu exemplo, sendo discípulos e testemunhas de Jesus Cristo nas nossas vidas, transparentes, com a certeza de que o Senhor Deus nos ama e nos dá toda a liberdade», mas também que «caminha connosco e nos adoça os nossos relacionamentos, como o mel adoça o pão». 
O presidente da celebração adiantou que «o testemunho dos crentes embaciou, perdeu lugar no coração das pessoas; todos nós temos muita dificuldade no relacionamento com os outros». E acrescentou: «Temos dificuldades no empenhamento nas grandes causas do bem comum; no apoio aos mais débeis, aos abandonados, aos fragilizados; importa darmos a cara por valores, ao jeito de Pedro.»
O nosso prior finalizou a homilia dizendo que na vida não estamos sós, «temos Nossa Senhora, a Mulher Educadora e sempre disponível, nosso modelo, que nos conduz a Deus Pai, através de seu Filho Jesus Cristo; assim nós queiramos.»
Pelas 16h30, realizou-se a procissão, seguindo o trajeto habitual, e às 18h houve o concerto das bandas convidadas: Filarmónica Gafanhense e Filarmónica Ressurreição de Mira. 

Fernando Martins

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