quarta-feira, 19 de abril de 2017

Seja bem vindo, Papa Francisco!


Fátima sempre fez parte da minha cultura cristã. Sendo a minha família oriunda de uma aldeia vizinha (a cerca de 20 Km), ir de férias à “terra” pressupunha inevitavelmente uma ida a Fátima. Aliás, as minhas avós, nascidas em finais do século XIX, nas conversas à lareira, falavam e testemunhavam o milagre do Sol, as pétalas que caíram do Céu, a chuva que caiu e depressa secou. Com a minha curiosidade de criança, de olhos bem arregalados, absorvia toda a informação.
E assim fui crescendo… e Fátima foi e é, depois do fascínio e da admiração, um local de recolhimento, de entrega, de agradecimento, e de súplica também.
Lembro a visita a Fátima (altar do Mundo) de 3 Papas: Paulo VI (Maio de 1967), que inclusivamente tem uma estátua em Leiria, alusiva à sua passagem; João Paulo II (Maio de 1982, Maio de 1991 e Maio de 2000) e Bento XVI (Maio de 2010), embora, curiosamente, nunca tenha estado em Fátima aquando de visitas Papais. Talvez porque nunca gostei de grandes amontoados, talvez por receio… talvez porque pela televisão se consegue ter uma perceção melhor da envolvência e proximidade visual dos Santos Padres
Desta vez também não será exceção. Não penso estar presente fisicamente, mas com toda a certeza estarei em oração, comungando com todos, estes momentos tão carismáticos. Se gostaria? MUITO!
Afinal é um marco na história da nossa fé a celebração do centenário das aparições! E com a visita de um Papa que muito admiro.
A visita do Papa Francisco, sem retirar importância e simbolismo a nenhuma das demais visitas, até porque cada uma ocorreu em momentos ou situações importantes, será, estou certa, um marco nas nossas vidas, para crentes e não crentes.
Este Papa tem-nos habituado a uma grande proximidade, a uma linguagem simples e acolhedora. É o Papa das periferias. Sinto-o amado e respeitado por Católicos, ateus (também os que o dizem ser graças a Deus) e agnósticos. Estou certa de que todos estão expectantes com a vista do Sumo Pontífice pelo seu dom da simplicidade, do diálogo e até de exemplo, sem mediatismos exagerados.
Vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo é o desejo de um povo que foi (e não será ainda?) maioritariamente católico.
Com enorme entusiasmo e expectativa, embora com algum receio também, aguardo a visita de Sua Santidade. Seja bem vindo Papa Francisco!

Maria de Lourdes Almeida 

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