sábado, 20 de maio de 2017

A Pia Batismal da nossa Igreja Matriz

Um símbolo que nos liga 
aos nossos antepassados 



Em entrevista que nos concedeu em 1971, João Fernandes Casqueira, mais conhecido por João Catraio, explicou: «A comissão da construção da igreja coletou os lavradores em 1000 réis por mês (valor de um par de sapatos ou de um leitão, à época), mas nem todos pagavam, como é natural, e alguns só davam o que lhes apetecia; outros não deram nada porque não concordavam que a igreja fosse construída neste lugar. Não viam que este era o local mais central.» E acrescentou: «Agora não se compreende a importância desse facto, mas não nos podemos esquecer que há 60 anos todos os caminhos que davam à igreja eram de areia e água no inverno, o que tornava difícil as deslocações.» 
No auto de revista da capela, em 30 de julho de 1910, necessária para o Bispo de Coimbra (Diocese a que pertencíamos) saber se havia condições para a criação da paróquia, dedicada a Nossa Senhora da Nazaré, «por ser essa a vontade dos novos paroquianos», foi referido que havia vasos sagrados e demais alfaias para o culto, bem como a pia batismal, «que é nova». 
Quando entramos na nossa igreja, olhamos sempre com ternura para a mesma pia batismal, porta de entrada na comunidade dos crentes pelo batismo. É, sem dúvida, um dos maiores símbolos que nos ligam aos nossos antepassados.

Fernando Martins

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