domingo, 3 de setembro de 2017

Pedro Sacristão — Um exemplo a seguir



Há pessoas que nos marcam e nos servem de exemplo. O Pedro Sacristão é uma dessas pessoas com quem nos cruzamos nas cerimónias religiosas e na vida da Gafanha da Nazaré. Hoje, encontrei-o a vender bolos confecionados por si, à porta da igreja matriz, antes da missa das 10h30. Já o tinha visto noutras alturas, no mesmo local, mas desta vez resolvi interpelá-lo para ficar a conhecer a razão do seu negócio. 
O Pedro esclareceu-me, com a simpatia habitual que lhe enche o rosto de sorriso franco e gargalhada fácil, que neste domingo, nas missas das 8h e 10h30, na matriz, e 9h, na Cale da Vila, já vendeu 62 bolos, tantos quantos fez em sua casa. É ele quem amassa a farinha com água e demais ingredientes que citou, escondendo, porém, um deles, que é o seu segredo, como fez questão de sublinhar. Tanto quanto sei, o seu forno trabalha que se farta, normalmente em prol da comunidade paroquial. E a receita destina-se ao próximo Cortejo dos Reis, que se realizará em janeiro, segundo a tradição.
O Pedro Sacristão, como gosta de ser tratado, faz estas fornadas de 15 em 15 dias, mas alertou que da próxima vez não haverá bolos, por ser a festa da Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra, lugar da nossa paróquia e freguesia. 
Na curta conversa que mantivemos, o Pedro referiu que não faz bolos todas as semanas para dar a oportunidade a outras organizações da comunidade de fazerem o mesmo, mas também para o pessoal «não enjoar e ficar com mais apetite».  Cá por casa, que o provámos neste domingo, agradou a todos. Era fofo, macio, saboroso e doce quanto baste. E custou apenas dois euros. 
Penso que este exemplo de dedicação à Igreja e à comunidade paroquial está bem patente no trabalho e nas iniciativas do Pedro, razão por que tudo isto sublinho, hoje e aqui, na esperança de que venha a ter seguidores. 
Parabéns, meu caro Pedro.

Fernando Martins

Sem comentários:

Enviar um comentário