Para memória futura
Os mais jovens, que estudam, trabalham e se divertem, têm o tempo tão cheio que nem podem refletir sobre o viver dos seus e nossos antepassados. Por isso, julgo saber bem conhecer algo sobre a nossa terra e suas gentes, recuando algumas décadas. É o que fazemos hoje, com votos de que o conhecimento do passado nos estimule na construção do presente e do futuro.
Decreto de D. João Evangelista de Lima Vidal, Arcebispo-Bispo de Aveiro
“D. João Evangelista de Lima Vidal,
por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica,
Arcebispo-Bispo de Aveiro,
Assistente ao Sólio Pontifício.
Atendendo ao incremento populacional e social que tem tomado nestes últimos tempos a Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, dispersa presentemente pelas três freguesias de Ílhavo, Gafanha da Nazaré e da Gafanha da Encarnação, e considerando que esta Colónia tem, e convém que tenha, um aspecto unitário e não se divida em três partes com prejuízo da sua vida comum, de acordo com os Reverendos Párocos das freguesias a que actualmente pertence a Colónia, não havendo motivos de interesses ou sentimentos locais que possam obstar à realização do intento:
HAVEMOS POR BEM decretar o seguinte:
1 – Toda a Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, como ela se encontra constituída, ficará pertencendo, desta data em diante, à freguesia de Ílhavo;
2 – Encarregamos o Reverendo Arcipreste do Distrito Eclesiástico de dar execução a este decreto, nas formas estabelecidas.
Publique-se no órgão oficial da Diocese e arquive-se.
Dado em Aveiro, aos 10 de Dezembro de 1956.
João Evangelista
Arcebispo-Bispo de Aveiro”:
No ponto 1 do decreto, existe um erro intencional ou por omissão que desvirtua a realidade, já que a Diocese não tem poderes que lhe permitam alterar a constituição das freguesias!... Por isso e para estar de acordo com a pretendida divisão administrativa canónica, deveria ter a seguinte redação:
ResponderEliminar"1 - Toda a Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, como ela se encontra constituída, ficará pertencendo, desta data em diante, à paróquia de Ílhavo;"
Assim é que estaria certa a redação do referido decreto, tendo o Senhor Arcebispo-Bispo de Aveiro através dele, extravasado as suas competências perante a lei civil do país!!!
Pois mas o sr. bispo esqueceu-se que o pretendido só se referia à parte eclesiástica e religiosa e que a freguesia de Ílhavo não existia. Criou assim problemas e descontentamentos que se arrastaram até aos nossos dias.
ResponderEliminarJoão Marçal
Gostaria de saber se as mãos em pedra já se encontrava antes de 1997
ResponderEliminarE k casei nesse ano e não lembro se já estava lá
A homenagem ao colono da Colónia Agrícola da Gafanha tem a data de 2001
EliminarA homenagem ao colono é recente. Procurarei descobrir a data da inauguração.
ResponderEliminar