quinta-feira, 27 de julho de 2017

Atividade de verão dos exploradores do Agrupamento 588



A Expedição 17 do nosso agrupamento de escuteiros terminou o ano escutista com a realização da sua atividade de verão no Campo Permanente do Bonito, no Entroncamento, de 7 a 12 do corrente mês.
Mochilas às costas e lá fomos nós. Éramos 27 mais quatro Chefes. Dois foram na carrinha que o Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Nazaré nos cedeu para levarmos todo o material de campo (tendas, grelhas e botijas de gás, panelas, bacias, toldos, enxada e ancinho e ainda material de corte como, por exemplo, serrotes, martelos etc.) e nós, alegres e contentes, depois de nos despedirmos dos pais na estação em Aveiro, partimos no comboio das 20h31.
Chegados ao Entroncamento e convencidos que teríamos de carregar com as pesadas mochilas (cheias com os pertences pessoais, ceia e pequeno almoço do dia seguinte e ainda muito “contrabando”, nomeadamente, doces e afins para roermos e partilharmos dentro das tendas às escondidas. Os Chefinhos pediram aos chefes do agrupamento de Oliveirinha a carrinha de caixa aberta e foram buscar as nossas mochilas. Isto estava a começar altamente.
Chegámos ao campo por volta das 23h e, como era muito tarde para montar tendas, os nossos queridos chefinhos tinham reservado um espaço para podermos acantonar. Mais uma cena FIXE porque, apesar de preferirmos acampar àquelas horas, era muito melhor acantonar e fazer logo a ceia para irmos dormir que, a bem da verdade, queríamos começar com o “contrabando”.
Sábado, alvorada pelas 7h30 e após pequeno almoço e arrumação dos espaços era hora de deitar mãos à obra e começar a montagem de campo, e rápido, porque as 16h30 tinha que estar tudo pronto porque pelas 17h iríamos ter a Celebração da Palavra e a Promessa de escuteira da nossa Ana Carolina Loureiro, em espaço próprio no campo. Estava presente o Diácono (e Chefe) Fernando de Oliveirinha.
Após a cerimónia era hora de tratar da janta e fazer as atividades programadas para o resto do dia.
Domingo, alvorada “bué” cedo (os nossos chefinhos são danadinhos e não nos deixam dormir de manhã) era hora de terminar o que faltava meter nas tendas e o nosso campo top para a revista diária e fazermos as atividades previstas.
Pelas 17h (e porque estava muito calor) começámos a preparar para o raid com pernoita fora do campo.
Recebemos os mapas e todas as informações necessárias, e lá fomos partindo em patrulha “para o infinito e mais além” pelo mato e estrada de terra batida que nos levou até ao quartel dos Bombeiros de Vila Nova da Barquinha onde fomos brindados com a possibilidade de tomarmos um bom banho quente e ainda podermos jantar a espetacular “sopa da pedra à Gafanhão” feita pelos nossos chefinhos. Aí cantámos os parabéns às manas gémeas que faziam nesse dia 14 anos. Até houve bolo e velas!!!
Depois do jantar recebemos a ordem: “Mochilas prás costas, agora, e encontrem a Igreja”... Foi onde dormimos. O Padre Paulo tinha cedido, a pedido dos Chefes, o Salão Paroquial para 31 pessoas lá dormirem.
Na segunda-feira, alvorada ainda mais cedo… para arrumar o espaço, tomar o pequeno almoço e deixar a Barquinha.
Após recebermos as novas instruções, lá fomos nós mais uma vez de mochila às costas tendo que passar por Tancos e procurar o desvio cuja placa dizia Almourol, que  tinha o símbolo de castelo. Sempre seguindo as instruções recebidas, eis que, de repente, estamos numa área enorme, aberta e com o rio já ali e no meio um imponente Castelo.
De repente, sem de nada soubermos, aparecem dois senhores com uma carrinha e um atrelado carregadinhos de kaiaks. Eram para nós!!! Íamos fazer a descida do Tejo além de podermos também visitar o Castelo. 
Foram quatro horas fantásticas, desde Almourol até a Barquinha, com paragens e saídas para brincadeiras em praias. Almoçámos num enorme jardim e com muitas árvores, na Barquinha, onde voltámos a brincar até o calor abrandar e recebermos ordem: “mochilas às costas já, e ver-nos-emos em campo”. Depois de boa banhoca de água fria, há que fazer o jantar para depois fazermos os jogos noturnos, especialmente o “assalto ao castelo”. Quando chegou a hora de dormir e mesmo estando ainda com muita adrenalina e felizes pela descida do rio, mal fomos para as tendas nem tempo tivemos para o “contrabando”.
Na terça-feira, pequeno almoço e arrumar o campo para a revista, e logo a seguir com mochila de raid as costas. Lá fomos nós para o jogo de cidade na cidade do Entroncamento com instruções rigorosas sobre o que levar onde era obrigatório levar fato de banho, toalha e touca porque iriamos tomar banho num tanque daqueles grandes de rega, em casa de uma Senhora e não tínhamos o direito de ir com os cabelos sem touca.
Durante o jogo, num lindo jardim, tivemos o nosso almoço volante e continuámos o jogo. 
Pelas 16h tínhamos que estar em determinado ponto para irmos ao “tal tanque”. Eram as piscinas municipais com relvado fora onde pudemos estar durante duas horas. Regressámos ao campo para fazer o jantar e preparar o Fogo de Conselho que teve tanto de divertido como de emotivo.
Quarta-feira, último dia e com vontade de vir para casa, mas também com uma enorme vontade de continuar; há que desmontar o campo e arrumar tudo, pois às 14h30 tínhamos que nos meter a caminho em direção à estação, não sem antes a chefe nos entregar um mimo. Uma t-shirt da atividade oferecida pela Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e que os chefes esconderam de nós até esse momento.
Mais um mimo dos Chefes… As mochilas foram transportadas na carrinha por causa do calor e quando aí chegámos tivemos outro miminho. Tivemos todos direito a gelado. Afinal os nossos chefinhos às vezes até são uns queridos… 
Chegada a estação de Aveiro, 18 horas, todos de t-shirt branquinha e cheios de energia para abraçar os pais que nos aguardavam cheios de saudades.
Foi uma atividade TOP. A melhor que alguma Expedição pode desejar fazer. 

Agradecimentos: Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Nazaré (carrinha), Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré (t-shirts), Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha (banhos e refeitório), Padre Paulo da Paróquia de Vila Nova da Barquinha (pernoita), Chefe Sara do Agrup. de Vila Nova da Barquinha (contactos com bombeiros e pároco), Raul e Pedro da Greenroc (descida do rio), Chefes e Diácono do Agrup. de Oliveirinha, os nossos pais e os nossos chefes.

A Expedição 17 (Exploradores) do 588

NOTA: Texto e fotos enviados pela Chefe Fátima Simões

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